Como montar uma carteira de investimento de sucesso?
A Carteira de Investimentos também é denominada portfólio ou cesta de investimentos, e nela estão contidos todos os seus investimentos atuais. Mas, nem sempre as pessoas sabem como montar uma carteira de investimentos ideal.
A importância de montar uma carteira de investimentos adequada reside no fato de que seus ganhos e a segurança do investimento, dependem dela, pois é montada de acordo com o seu perfil.
Sendo assim, se você quer ficar por dentro do que é a carteira de investimentos e de como montar uma carteira de investimentos adequada ao seu perfil de investidor e objetivos, continue lendo o artigo.
O que é carteira de investimentos?
A Carteira de investimentos é o conjunto de aplicações que você selecionou para obter mais rendimento, e alcançar seus objetivos financeiros.
Cada investidor possui objetivos e necessidades diferentes, por isso sua cesta de investimento deve ser exclusiva, mas o que deve ser igual para todos é a diversificação de aplicações, para aumentar a possibilidade de ganhos e reduzir riscos de perdas, que inevitavelmente farão parte do processo.
Além disso, acompanhar o desenvolvimento da aplicação e alterar sua estratégia, quando necessário, são importantes, assim como, analisar sua situação, necessidades financeiras e perspectivas de médio, curto e longo prazo, e assim montar uma carteira de investimentos adequada.
Carteira de investimentos: serve para o que?
O portfólio de investimentos serve para você montar uma estratégia adequada para ganhar dinheiro, por meio do mercado financeiro.
Sendo assim, alocar os investimentos na cesta, auxilia a ter uma rentabilidade positiva, em qualquer cenário econômico.
Você pode iniciar investindo pouco, mas desde que diversifique suas aplicações, isso trará mais segurança, e diminuirá os riscos de perdas financeiras, pois ao passo que uma aplicação vai mal, a outra que vai bem, cobre ela.
Passos para montar uma carteira de investimentos
Defina o seu perfil de investidor
Os perfis de investidor são divididos em: conservador, moderado e agressivo.
O conservador é um perfil que não tolera instabilidade, e por isso, busca por previsibilidade e segurança em seus investimentos, quase sempre investindo em renda fixa. Caso diversifique o investimento, procura por fundos de renda fixa e multimercados de risco baixo. Se não ganhar, tudo bem, o que não pode é perder.
O moderado, é mais flexível, conforma-se e compreende a instabilidade e procura ganhos que ultrapassam a média de mercado, para longo e médio prazo. Sendo assim, não se expõe a riscos de curto prazo, desde que seus objetivos a médio e longo prazo estejam garantidos. Almeja uma produção de renda previsível e constante, que apresente mínima instabilidade. Geralmente, o moderado investe boa parte da carteira em renda fixa, e o restante em ações, ou opções equivalentes.
O experiente, procura retornos que ultrapassem a média, para aumentar o patrimônio. Não liga com instabilidade negativas, a médio e curto prazo. Aceita a instabilidade da renda variável, uma vez que, sabe que no fim, seus objetivos serão atingidos. Geralmente, investe pouco em renda fixa.
Defina os seus objetivos e em que ciclo de investimento está
Inicialmente, é necessário definir objetivos e metas e dividi-los de acordo com o prazo ao qual você quer alcançá-los, curto, médio ou longo. Assim, você saberá direcionar seus investimentos.
O ciclo de investimento, é o momento de vida financeiro que você se encontra, e pode ser dividido, de maneira geral, em três: acúmulo de patrimônio; rentabilização e preservação do patrimônio.
Compreenda os prazos de aplicações
Os prazos de investimentos, geralmente são definidos da seguinte forma: curto prazo, duração de 1 a 6 meses; médio prazo duração de 6 meses a 2 anos; longo prazo duração de 2 anos à frente. E devem ser compreendidos, para que você saiba em quanto tempo investir, de acordo com os seus objetivos.
E por fim, é necessário compreender que instabilidade e prazo, na maioria das vezes são diretamente proporcionais, ou seja, em curto prazo, os riscos de mercado são menos recomendados, e a longo prazo os riscos de mercados são mais recomendados.
Lembretes:
- Quem pretende aplicar a curto prazo, deve priorizar ativos de renda fixa, como Títulos do Tesouro, LCAs, CDBs e LCIs. Nesse contexto, verifique a carência e liquidez, pois pode ocorrer do resgate ser antes do previsto;
- Quem pretende aplicar a médio prazo, poderá correr mais riscos, então, além de aplicar prioritariamente em ativos de renda fixa, pode aplicar o restante em renda variável;
- Quem pretende aplicar a longo prazo, pode aplicar de maneira mais diversificada, visto que, tem a possibilidade de recuperar alguma perda financeira eventual. Sendo assim, além de renda fixa com prazos de 10 ou 20 anos, pode-se pensar em aplicar em ações de empresas maiores e demais alternativas equivalentes.
Opções de investimento
Renda Fixa
Ativos da Renda Fixa, são aplicações que oferecem maior segurança, visto que o retorno do investimento pode ser definido e calculado, no instante da aplicação do capital.
A seguir, de acordo com o seu perfil de investidor, essas são as opções mais viáveis:
Conservador
Para o perfil conservador, as aplicações mais recomendadas são as de mínimo risco, como os títulos públicos. Investimentos pré fixados, como CDBs e Tesouro Prefixado, com taxa de rendimento fixo, são ótimas opções para trazer retorno e proteger o seu dinheiro.
O conservador também deve optar por investimentos que apresentam pouca instabilidade, como o Tesouro Selic, que rende mais do que a poupança e tem preço constante.
Os Fundos de Renda Fixa, de menor risco, são ótimos para diversificar seu portfólio, com um bom retorno.
Por fim, existem os produtos de Renda Fixa: LC; CDBs; LCA e LCI.
Moderado
O perfil moderado, tem mais opções e as remunerações podem ser melhores. Todos os Títulos do Tesouro Direto são recomendados, e a estrutura do seu portfólio pode ser feita em Tesouro Selic.
Os CDBs, podem ser ótimas opções, com ênfase nos pós-fixados, pois você pode receber remunerações que ultrapassam o CDI.
Para diversificar seu portfólio de investimentos, você pode aplicar em LCA e LCI, pois são rentáveis, seguras e sem taxas.
Agressivo
Muitos investimentos de renda fixa podem ser feitos pelo perfil agressivo, visto que correm mais riscos. Os títulos do Tesouro Direto, de longo prazo, como o Tesouro IPCA+2035, é um exemplo, e com a venda antecipada, pode ter um ótimo rendimento.
Os CRA e CRI, que possuem o risco de emissão das securitizadoras, também são recomendados.
As debêntures são investimentos, como se fossem títulos privados, e pelas incentivadas não são cobradas imposto de renda. São arrojadas e possuem ótimos rendimentos.
Porém, nem a CRI, CRA e debêntures têm o Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Renda Variável
Os ativos de Renda Variável, oferecem maiores retornos, porém, possuem mais riscos. São recomendados para os perfis moderado e agressivo.
Perfil Moderado
Esses ativos, devem comprometer apenas 15% da sua carteira de investimentos, pois você deve assumir riscos controlados.
Os Fundos de Investimento como o EFTs, são recomendados para iniciantes, visto que trazem diversificação e pouca exposição na bolsa de valores.
As ações, são boas aplicações, mas oferecem maior exposição ao mercado. Por isso, busque aplicar em papéis com menos instabilidade.
O ideal, é que seu portfólio de investimentos esteja orientado para o longo e médio prazo, desse modo, você terá mais chances de ganhar um retorno maior com a valorização dos ativos.
Perfil Agressivo
O perfil agressivo, pode ter uma diversificação maior na carteira, com ativos de renda variável.
Esse perfil, pode escolher ações variáveis, comprando ativos da Vale e Petrobras, assim como, de empresas em ascensão, por exemplo.
3% da sua carteira de investimentos pode ser voltada para ganhos de curto prazo, pois podem render retornos ótimos.
Os minicontratos de índices e de dólar, são excelentes opções para diversificar seu portfólio de investimentos.
As criptomoedas, são novas formas de dinheiro, que tem muito a se desenvolver futuramente, mas há incertezas relacionadas. Porém, são indicadas para ganhos arrojados.
Os Fundos de Multimercado, podem proporcionar mais ganhos e estão em ascensão.
Finalmente, temos os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), eles são partes de papéis do setor ou de imóveis físicos. Por meio deles, é possível alcançar retornos com os aluguéis isentos de imposto de renda ou a partir da valorização das cotas.
Conclusão
Para montar uma carteira de investimentos, é necessário analisar e definir objetivos, perfil de investidor e em que ciclo financeiro da vida você se encontra, para assim, começar a investir com cautela e diversificação do seu patrimônio.
Estude bastante sobre a temática antes de qualquer decisão, mas ao passo que surgir dúvidas, procure especialistas no setor, que possam te auxiliar a tomar uma decisão coerente.